quinta-feira, janeiro 10

É como estar perdidamente apaixonada



E, de repente um ser está a crescer dentro de mim... E desta vez não falo de um "ser novo" enquanto pessoa, personalidade ou perspectiva da vida, não falo da minha reformulação como individualidade de novos ideais, ou sequer de um refresh de mim mesma. Essa história do restyling interior que tanto está na moda e leva as pessoas a mudar de profissão, a rumar a viagens para destinos longínquos à procura de si mesmo, ou uma nova espiritualização da vida e dos objectos enquanto ser social e humano... Falo mesmo de um ser à séria. Um ser com cabeça, tronco e membros. Um ser que eu vou ter de alimentar, cuidar, um ser que vai berrar, sorrir, comer, sentir, crescer, sugar a minha energia e também realimentá-la. Pois é, ele cresce e eu também. A minha barriga cresce, as minhas ancas crescem, o meu número de calças e os meus créditos de Amor incondicional. A minha fome cresce e a minha dose de preocupações.
Estar grávida, é como estar perdidamente apaixonada. Todos os clichés, aqueles que nunca julgamos vir a adequar-se a nós, as choraminguices, as borboletas no estômago (neste caso são literais, porque nunca pensei em apelidar o meu bebé de borboleta), os anseios, a sensação de tudo poder e tudo querer, a vontade imensa de ser feliz. Tudo surge nele, no bebé que cresce em mim!

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